INTELIGÊNCIA NATURAL.

Autoria: José Bonifácio Santos.

Muitos se preocupam

Com a inteligência artificial

Mas deveriam preocupar-se mesmo

Com a natural.

A humana desumana

Usada para o mal

Torna o homem pior que máquina

Satânico e bestial.

NO ESPETÁCULO QUE É A VIDA.

Autoria: José Bonifácio Santos

No espetáculo que é a vida

Roubar a cena é necessário

Para que tu não te tornes um invisível figurante

Ou protagonista insignificante.

Tu também não podes encerrar o ato

Sem admiração alguma

Sem aplausos, gritos de bravo:

E sem deixar saudades.

JOHN NÃO DAVA FLORES.

Autoria: José Bonifácio Santos.

John não dava flores

Flores murchavam

No jardim de John

John não dava flores.

Seu amor morreu

John lembrou das flores

Flores postas

Sobre ela morta.

John passou a detestar flor

Lembra seu amor

Que culpa tem as flores John?

Dadas em vida

Não tem cheiro de morte.

SOGRINHA-CORAL.

Autoria: José Bonifácio Santos.

Presente trazido a mim

Pela mais bela flor

Do mandacaru.

Como pode da tijuca

Brotar a lótus

Que minha vida perfuma?

Me fazes desejar ter sido Adão

Muito embora a linda Eva:

No meu peito durma.

UMA BOCA DOIS OUVIDOS.

Assim diz o humilde pensador: José Bonifácio Santos

A sabedoria 

Nem sempre está no que falo

Mas decerto está no que eu

Humildemente escuto.

Se for bom

Aproveito.

Se for ruim:

Descarto.

VIVA IRMÃO.

Autoria: José Bonifácio Santos

Espana teu coração

Que cheio de teias

Já não pulsa o sangue

Que carecem as veias.

Abre a janela

Mostra tua alma pálida porém cálida

Muito embora tão sozinha.

Expulsa os espermatossauros

Alojados em teu corpo

Para que te sintas leve

Para que te sintas vivo.

OLHA PRA MIM!

Autoria: José Bonifácio Santos

Olha pra mim

Que finge ser poeta

Que finge fazer versos

Louco apaixonado

Confesso

Meu amor é teu!

Olha pra mim

Que dorme contigo

Que sonha contigo

Abraçada comigo

Vivendo contigo

Olha pra mim!

Olha pra mim

Que nada promete

A não ser te dar o céu

O mar

Amor, poemas, canções, poesias,

Todos os dias!

Olha pra mim

Enquanto é tempo

Enquanto eu não me vou

Olha pra mim

Carente do teu amor

Olha pra mim!

Olha pra mim

Que não vê as estrelas

Não se encanta com elas

Pois só a ti deseja

Uma vida só que seja

Olha pra mim!

PACTO.

Autoria: José Bonifácio Santos

Faremos um pacto

De vivermos juntinhos

Até ficarmos velhinhos...

E se um de nós

Perder a memória um dia

O outro repetirá com a mesma magia:

Tu és, o amor da minha vida.

O QUE É POESIA?

Autoria: José Bonifácio Santos

Poesia é: o sorriso inocente e descompromissado de uma criança, jamais apagado, de nossa lembrança.

Poesia é: o constante quebrar da onda na areia quente, como se quisesse dizer eu te amo, e não consigo viver sem você.

Poesia é: o olhar do rapaz pra moça que acabara de passar linda, que parecendo não acreditar ainda, se olha no espelho do carro vermelho, e libera seu sorriso encantador...

Poesia é: o olhar da mãe que mesmo sabendo que seu filho é crescido, diz sem alarido, minha criança! Meu querido!

Poesia é: a preocupação do pai, que a toda hora olha o relógio, como se quisesse parar o tempo, na agonia de espera, do seu querido rebento.

Poesia é: o cantar desafinado ou não, do seresteiro que se julga bonitão, fazendo suspirar a moça, dona do seu coração.

Poesia é: os peixes singrando os rios, na piracema o desafio.

Poesia é: a flor que brota, se mostrando linda, se oferecendo ainda.

Poesia é: o cantar dos pássaros, como se dissessem para os insensíveis numa cantoria infinda, celebre a vida! A vida é linda!

Poesia é: o azul do mar, do céu, do teu olhar.

Poesia é: a cadela parida, levando sua cria, que mesmo na boca; se mostra tão fofa.

Poesia é: a fidelidade do cão, que mesmo sendo seu dono resmungão, balança sua calda, como se dissesse, te amo amigão!

Poesia é: o músico que viaja... Em questão de segundos, e sem sair do lugar, percorre todos os mundos.

Poesia é: versos, que mesmo sendo desconexos, expressa o intimo sentimento; que vive o poeta.

Poesia é: vida, alegria, amor. E o maior de todos os poetas: O Criador. 

PENSAMENTO 7.

Com antissemitas, não tenho paciência, 
Impossível a burrice: exterminar a inteligência...